Uma
pessoa chega ali sempre na expectativa. As luzes
apagam-se e é favor de desligar os telemóveis até que a espera pela
atriz/performer/comediante que por acaso é nossa prima direita acaba e ela
entra.
Foi a nossa prima direita que vi assim que
entrou e sabia que sempre me fez rir pelas suas histórias maiores do que as
suas verdadeiras histórias, pelo seu humor esfusiante, pelo seu estilo meio
tresloucado e estridente.
Ainda antes de começar estava cheia de
preconceitos maiores do que a minha vontade mas passados 5 minutos deixei-me ir
e durante duas horas – atiro este número para o ar porque me pareceu rápido
demais – ri-me quase até ao ponto da vergonha porque ninguém fica muito bonito
a rir sem limite.
O humor é de observação, o foco são as
mulheres, os homens, as mulheres e os homens. E gente que é gente
identifica-se, quer queira, quer não.
Com uma graça fora de série e um realismo
assustador, a nossa prima Marta toca nas sagas do dia-a-dia de um casal, casado
ou não, com ou sem filhos e pela sala inteira só se vêm cotoveladas aos maridos
em tom de tu és assim, isto está-me sempre a acontecer, é a fotocópia da nossa
vida.
Vamos Lá Então Perceber as Mulheres, Mas Só um
Bocadinho é absolutamente hilariante, com uma mensagem claríssima e dois
objectivos: fazer rir e esvaziar um bocadinho o peso dos dias. Somos todos
iguais e giros de se ver.
Esgotado no Cinema São Jorge.
10€
Sem comentários:
Enviar um comentário