Fechou-se nesta caixa o coração. Fechou-se durante dias de calor e tempo bom de praia. Fechou-se no frio, no cinzento e no feio. Fechou-se no belo que é a chuva vista de dentro.
Fechou-se e escondeu-se com medo e foi então, tão imensamente verdadeiro. Fugiu de si, dos outros e deixou-se levar pelas quatro paredes do nada que o envolveram durante sempre.
Agora é pequeno e forte, pequeno e grande, pequeno e imenso, pequeno e seu. Agora sabe sentir-se e ser-se e viver-se. E fechado na sua caixa o coração sente mais que nunca e agradece ao frio e à chuva e ao sol e à tempestade quente, que o ensinaram que o calor vem sempre de dentro, só que às vezes engana-nos…E somos como está o tempo...
5 comentários:
Nem mais, assim é o coração...
Bela dissertação. Beijo
O sopro do coração...
ensinas-nos a buscar o nosso sol... cá dentro. simplesmente genial!
O SOL, o astro Rei que aquece a vida mas que pode destabilizar quando é demais.
Este sim está soberbo. BJS DOCES.
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