Às vezes choro pelo meu país, como se chora por um amor perdido, por alguém que se foi embora não se sabe para onde, alguém que deixou de escrever, de ligar, de estar presente.
Sinto por Portugal essa nostalgia estranha, de um chegar que nunca mais chega, de uma carta que não se pode abrir, de umas férias que se desejam em Outubro.
Choro triste por um amor que permanece e nem sempre equivale. E dou-lhe, o mais que posso e tenho. Dou-me. Bocados de mim que o recebem e o amam e o desejam e o querem ver crescer, e ser forte e ser mais!
E esse velho apaixonado distraído, esquece-se de facto de amar os que os amam (sem querer), na antiguidade da sua meninice, que não o deixa agigantar-se e chegar ao cimo, onde estão todos os que o querem e o aclamam…
E ama-se pela esperança de receber, pela alegria de quando se alcança, se tem, se vê. Ama-se pela beleza, e charme e mística, pela perfeição, excelência, num fanatismo que só se explica com o amor, e pelo amor…
Não tenhas medo, deixa-te amar… Portugal.
1 comentário:
Portugal acolhe-nos! É onde vivemos... Amar o nosso país? Sim, não... enfim, gostar dele! Fiquei indeciso aora... Mas e o mundo? O infinito?
Enviar um comentário