Gosto de pessoas que têm aptidões. São pessoas de muita sorte.
Há quem costure, cozinhe, dance, tenha jeito de mãos, arranje sapatos.
Tenho uma grande inveja dessas pessoas.
No dia-a-dia, contento-me com o meu trabalho que me parece sempre suficiente até começar a pensar realmente nele. De repente, sou atingida por um vento forte de ambição e empreendedorismo. Eu vou fazer isto! Eu podia fazer aquilo!
Pego num caderno, olho para a folha, preparo a caneta e procuro as ideias. Dura 2 minutos.
Lá vão elas.
Não tenho realmente jeitinho para coisa nenhuma. Acho um facto verdadeiramente triste.
Nem desporto sequer.
Podia lançar um site e vender coisas...
Podia vender poesia, encomendada. E dar às pessoas palavras em troca de euros. Era de rir se todas as aptidões se trocassem por dinheiros.
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