15 de setembro de 2009

Patrick Swayze



Tínhamos entre os 10 e os 18 anos. A par com Música no Coração e o Cocktail estava ele. Passava provavelmente todos os anos durante a altura do Natal. Era um evento. Juntavam-se as mulheres e os homens espreitavam de esguelha. Era um sonho de 1h30.
Íamos para casa e treinávamos às escondidas ou com irmãs. Depois, ao fim-de-semana comparávamos com as primas o que tínhamos alcançado.
Os primos, longe da destreza necessária lá se revezavam para nos pegarem ao colo, nos erguerem naquilo que consideravamos na altura ser alto e depois seguir as suas vidas. Era a parte do filme que gostávamos mais.
Queríamos que nos pegassem ao colo.
Depois nas festas, nos anos de alguém explodíamos com a exibição pública. E era o auge.
Ainda hoje, o Dirty Dancing me faz dançar.
A culpa é do Patrick Swayze. Primeiro bailarino clássico, depois actor mas homem para quem o entretanto lhe chegou para ter jeito para patinagem no gelo, ballet clássico e futebol americano.
Morreu ontem e deixou uma história de vida que é para muitos considerada insuficiente. Só fez um ou dois filmes. Indiferente.
A vida para além dos filmes foi imensa e o que criou e deixou na minha infância é para lá de inesquecível.
E ainda hoje, sempre que ouço o Time of my Life, agradeço por já ter alguém, suficientemente alto que me pegue ao colo.

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