14 de outubro de 2010

e se

E se.
E se tivesse sido antes assim, desta maneira, daquela forma, uns segundos antes, dois minutos depois.
Passamos metade da nossa vida a questionar e a responder a "e se's".
E não são daqueles que controlamos. E se eu fosse fazer uma viagem, e se eu arriscasse mais, e se eu comesse um croissant e se eu trabalhasse mais, ganhasse mais dinheiro.
Os verdadeiros "e se's" são os que se perdem do controlo, os que nascem de um minuto para o outro sem dar tempo para pensar. Fogem-nos das mãos e rebentam.
Já não dá. Já não há nada a fazer. Encolhe os braços, chora um bocadinho, continua a andar. Esquece. Avança. Não penses nisso.
Mas esses "e se's" são os mais cruéis, os que não deixam esquecer, os que se enraízam na alma e crescem até que alguma coisa boa aconteça.
E se alguma coisa boa acontecesse?

Sem comentários: