7 de julho de 2004

Um dia do ano

Hoje, 7 de Julho de 2004, foi somente mais um dia no extenso calendário do planeta terra. Muitas nuvens no Norte e vento forte no litoral sul. Como sempre fabricámos uma imensa quantidade de informação, de notícias, de tablóides e de efemeridades confinadas ao entretenimento. E porque a frivolidade também compõe a nossa esfera noticiosa ficámos a saber que os super malucos do riso ocupam o primeiro lugar do ranking de audiências e que alguns programas de culinária não respeitaram regras de higiene e cometeram 916 erros graves tendo o pior de todos eles sido a deficiente lavagem de mãos. Apesar disto, o mundo continuou a acontecer. Richard Starley Jr. (Ringo Star) comemora 64 anos no mesmo dia em que se celebra o início das emissões de televisão a cores nos Estados Unidos da América. Na bolsa de valores verificamos que o preço do petróleo subiu, acentuando a queda. No desporto, Ricardo Quaresma é apresentado como jogador do futebol clube do porto, Cristiano Ronaldo pretende ir aos jogos olímpicos e ficámos também a saber os números resultantes do Euro-2004. Para tristeza de todos aqueles que admiram as qualidades humanas de Henrique Mendes fomos também confrontados com a notícia que dava conta que o actor foi de emergência e em estado grave para o hospital. Que recupere depressa. A unicidade de cada dia do ano permite-me ficar continuamente surpreendido com algumas declarações: Almeida Santos, por exemplo diz que: “Cristo teria sido maçon, do PS e pela dissolução.” Em Inglaterra Tony Blair deixa-nos absolutamente perplexos ao estranhamente desconfiar da não existência de armas de destruição maciça no Iraque: “Todos os serviços secretos e todas as provas que tínhamos apontavam que as ADM existiam”. Para cessar utopicamente este universo que chega até mim em constante metamorfose, em cada palavra, uma última para o burlesco estado da nação. De um lado o equilíbrio pelo poder, do outro as investidas pela mudança. Alguém ponha fim a isto.

2 comentários:

Ramon Joy disse...

E o pão-nosso de cada dia que nos daí hoje…
Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a vossa vontade…

Não vos lembrais dele!

Anónimo disse...

Será que não há um ponto de vista mais alegre? Ou temos que fazer um novo Euro?!