27 de setembro de 2006

parte I - aproximação à infância

A infância aparece-me como recordação e nada mais. O tempo presente cola-se a um espaço da memória que parece sempre real e imediato, como se não fosse existir recordação e só existisse o agora.
O passado, as vivências do início parecem não existir, como se tudo se visse como a história de alguém.
Essas recordações tornam-se verídicas apenas quando confrontadas com o presente, com a personalidade adquirida, com o crescimento. Até então tudo parece distante e afastado de uma recordação que deveria ser vivida como experiência, não como algo que apenas se identifica ou reflecte no agora.
Parece contraditório acreditar que nos afastamos tanto da infância e no entanto somos hoje aquilo em que a infância nos transformou. A verdade é que a idade primária fica tão pouco na nossa memória que muitas vezes nos esquecemos de nós, enquanto meninos, mas somos tremendamente influenciados por esses primeiros anos da nossa vida.

(...)

2 comentários:

Palavra Alada disse...

parabens pelo blog

Anónimo disse...

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?