7 de novembro de 2006

és tu

Raramente reconheço a necessidade de explicar a poesia, e não o faço. Remeto-a no entanto para os que têm medo de amar, de ir longe. De permitir a simplicidade e a beleza da vida. O medo só me faz sentido se for o de não viver. És tu... e não te compreendo.


Não queiras saber de mim
Não queiras adivinhar pensamentos
nem construir sentimentos
Não queiras entrar nesta alma
destruir a minha calma
O meu mundo.
Não queiras fazer parte
Estar dentro,
Por dentro.
Não queiras saber mais
saber tudo.
Não tentes perceber como sou
Não tentes querer o que dou
(…)
não queiras saber
nem tentes entender
Vive o que tenho
se quiseres
Vive o pouco que puderes
Vive nada.
Não vivas.
Faz tudo o que quiseres
Faz aquilo que consigas.
Fica em silêncio ou fala.
Fica em silêncio ou grita.
Não queiras saber de mim
Nem queiras saber de nós.
Vai-te embora,
mas fica.

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que as últimas palavras dizem tudo.
"vai-te embora mas fica"
bjs

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

Que fique sempre algo que possas guardar em tuas mãos...

abraço