5 de dezembro de 2006

descanso da alma

Às vezes é preciso dar um espaço ao corpo e um espaço para a mente. As palavras amontoam-se com demasiada facilidade e tudo se diz mesmo quando é preferível o silêncio. Regressa-se, de onde nunca se chegou a partir e procuram-se respostas e contestações a respostas que não bastaram. A alma quer descanso. A alma pede descanso.
Porque se engole a ela mesma e se asfixia numa busca do amanhã que não se decide só por ser amanhã. Amanhã logo se vê. É o que pede o corpo, é o que se deixa para a alma.
Bendito espaço que se permite e ale mesmo. Bendito lugar que é o nada, a ausência, o vazio cheio de dimensão.
A alma descansa. Viva. Cheia, farta, alimentada.

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