3 de julho de 2007

minha poesia louca

Há momentos estranhos de amor
em que há uma ausência,
uma vaga de nada.
É tremendo esse vazio,
tão cheio
que me faz abandonar-te.
Perdoa-me.
Longe de ti,
sei que te amo.
Sempre que te vivo,
em todos os dias
constante,
sempre,
choro-te.
Separo-me de ti
e parto sem nunca ir.
Assim fico.
Toco-te sem mãos
e beijo-te sempre
sem a minha boca.
Sempre.
Sem a minha boca.
Continua a amar-me
dessa forma
como quem me odeia.
Minha poesia certa
minha poesia louca.

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