11 de novembro de 2010

Adeus a si mesmo

Há coisas que nos entristecem sem sabermos exactamente porquê e até sentimos vergonha de as sentir tanto.

O senhor do Adeus, e tenho a certeza que não se importava que o tratasse assim, era meu amigo. Por mais estranho que isso pareça e sem nunca ter falado com ele.
Gostava de lhe dizer adeus e ficava triste se  a pessoa que estava comigo não o fazia, sentia-me ofendida por dentro. Ele era uma esperança estranha que sempre tive na bondade das pessoas.

No Saldanha, no Restelo e até a semana passada o vi na Rua da Escola Politécnica e sorri sem ele me ver.
Lisboa fica mais triste, nunca ninguém vai ser como aquele homem, que se entregou a tanta gente, correndo riscos, sendo ofendido, gozado. Nunca ninguém disse tantos "adeus".

Fico tão feliz por ter sempre respondido. Gostava que ele soubesse que foi importante na minha vida. À minha maneira.

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