O Pseudónimo não tinha entidade, identidade, não sabia quem era ou era muito. Era todos e nenhum. Perdia-se em si mesmo como quem se perde à procura de uma rua, e indagava por si como quem devassa uma alma que não a sua.
O Pseudónimo era desmedido ao que podia aguentar, e não tinha forças para ser só ele, individual, único, exclusivo, singular.
Criava outros dentro de si, exaustivamente, incessantemente, incansavelmente. E a sua mente… tantas outras abrigava, e custava-lhe ser só ele, porque só ele era de menos, era demais!
O Pseudónimo buscava dentro de si e dos outros que criara, resposta que uma só pessoa e personalidade não lhe podiam dar. Procurava soluções, trocos do seu total, desfechos e desenlaces.
O Pseudónimo era feliz…
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