O Diferente passava por entre os outros com medo que lhe reconhecessem a sua dissemelhança, a sua individualidade. Tinha vergonha de ser original e seguia na mentira o padrão considerado comum, mas era de facto diferente e disso tinha pouco orgulho.
O Diferente constrangia-se com todas as suas singulares características que o distinguiam de forma enorme e gigantesca dos outros comuns. E escondia encavacado no seu mundo as suas particularidades tão fenomenais de ser simplesmente diferente.
E os outros, viam-no numa facilidade criada por ele, porque era de facto mais natural ser idêntico.
E o Diferente fez-se igual, igual a tudo e igual a todos. Queria viver em paz, não ser diverso ou distinto, não queria ser ímpar.
O Diferente era feliz…