O Esquecido esquecia-se de si e fazia com que os outros se esquecessem também. Andava encolhido pelos cantos, esquecendo-se de ser feliz, esquecendo-se de tratar de si, esquecendo-se das suas feridas tentando curar as dos outros.
O esquecido omitia e desprezava os seus sentimentos e quando se lembrava que os tinha, morria por ele, e pelos outros.
O esquecido não carregava bem a sua dor porque se despistava tão bem com a dos outros que era mais fácil de sarar.
Não queria lembrar-se de si, não queria recordar nem o bom nem o mau, e revivia as lembranças daqueles que como ele suportavam. O esquecido vivia num mundo que não era o seu e nem sequer existia.
O esquecido era feliz…