28 de junho de 2004

Opinião Célere

É com muita tristeza que olho para a saída de Durão Barroso. E a escolha desta palavra, que tantas vezes profiro ao observar alguns acontecimentos políticos em Portugal, pretende apenas demonstrar o meu baixar de braços face às tão temidas, preocupantes e inevitáveis “convulsões” que mais tarde ou mais cedo vão redobrar a crise já instalada. Não encontro, por mais que procure ninguém que reúna as características necessárias para suceder, imediatamente, a Durão Barroso; alguém que reúna consensos dentro e fora do partido, alguém que tenha o perfil para enfrentar o sufrágio eleitoral, e acima de tudo alguém determinado e com a força fundamental para “segurar” o partido e para “segurar” o país que atravessa um dos momentos mais importantes da sua história politica, a este nível. E o que mais preocupa é saber se o psd vai ou não ter capacidade de resposta a este problema, acredito que sim. A convocação de um congresso extraordinário, no meu entender, ajudaria a esclarecer algumas posições determinantes para quebrar o impasse.