É como andar debaixo de água
estar ali sem ar
como se um peso quisesse o nosso lá em baixo
a tocar na areia, em tangente
como se faltasse o sopro e a brisa
e o vento e a corrente
como se fosse fácil fechar os olhos
ficar. na areia.
tocar-lhe e ser também o pó.
19 de janeiro de 2005
82 anos
É na escura folhagem do sono que brilha a pele molhada, a difícil floração da língua.
2 comentários:
Eugénio de Andrade no seu melhor.
Um abraço. Augusto
Um português que escreve sublimemente em português.
Somos um grande povo!
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