12 de abril de 2007

onde estou agora




Agora estou naquele canto.
Não necessariamente mais escuro que os outros cantos abertos de luz onde estive em outras vezes.
Mas naquele canto.
Vêem-se poucos caminhos do canto e poucas ou nenhuma saída. Vê-se às vezes uma luz. Uma luz ao canto.
É fácil perder-me se me rendo ao triângulo deixando a luz acumular-se toda ali, encandeando nada e absorvendo quase tudo.
Prometo não me deixar ficar ali. De joelhos abraçados nos braços, de queixo fundido nas pernas. Prometo esticar as pernas e ser mais alta que aquele canto.


2 comentários:

Davi Reis disse...

Parece confortável, pelo menos... Tem a vantagem de não necessitar de cama... Uma chatice, fazer a cama...

Beijinho e muitos parabéns pelo livro. Também eu gostava de, um dia, publicar poesia, mas infelizmente não sei qual a abordagem nem quem abordar.

Maria Ana Ferro disse...

Procura a página do Daniel Gouveia, perceberás o resto e como conseguir publicar o teu livro.
Boa sorte.