Cansada de ipods, ipads, iphones, ibooks , itunes e o raio.
Desculpem. Esta nova era pode ser o supra sumo da espectacularidade, pode ser muito bom para distrair a mente e para andarmos armados em robots.
Gosto do touch screen, rendi-me porque é giro.
Gosto de ter uma televisão com um tamanho suficiente que não me obrigue a pôr os óculos.
Mas será que criamos "kits mãos livres", livros digitais, jornais online e coisas que tal contribui alguma coisa para a nossa felicidade e para o futuro dos nossos filhos? Criar uma geração preparada e à vontade com essas tecnologias é bom? Serão mais inteligentes do que os nossos pais, do que nós somos? Estarão mais preparados para enfrentar o mundo? Abrir-lhes-á novas portas? Estaremos a criar pessoas estranhas aos livros em papel, ao telefone de casa e ao jornal que suja as mãos? Estamos simplesmente preocupados em poupar papel? Receio que as novas tecnologias que aparentemente não têm nada de útil a não ser a poupança de tempo e trabalho nos leve à irreversível preguiça.
A geração de adolescentes que hoje nos assusta é já de si pouco interessada, pouco empenhada, pouco atenta. É materialistamente exigente e intelectualmente indiferente. Quer os ténis com rodinhas, a wii com todos os jogos, as músicas em "alta-voz" nos telemóveis, as últimas versões dos telefones e das consolas e está assumidamente indiferente aos museus, à história, à leitura e à arte. Será que estas novas tecnologias facilitam esse interesse ou o afastam para sempre?
Daqui a 15 anos, talvez tenha a minha resposta. Daqui a 15 anos espero que a minha casa ainda se abra com chave, que os estores se fechem à mão, que o meu frigorífico não fale e que ainda assim, eu não seja considerada antiquada.
1 comentário:
Ola Maria, cheguei aqui por acaso, mas adorei seus textos... gosto de como escreve e gosto do seu humor. voltarei outras vezes.
beijos
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