Mais ou menos gordo, mais ou menos rico, mais ou menos feliz...
O conceito intermédio das coisas sempre me enervou e mais me enerva o “mais ou menos católico”.
O catolicismo não é uma obrigação, não é mandatário, não é sequer hoje em dia um tradicionalismo. É uma liberdade absoluta.
E depois há as obrigações ou as vontades, caprichos sociais que criam os “mais ou menos católicos”, católicos temporários, crentes por um dia.
O vestido branco no dia do casamento, a festa do baptizado, o enterro dos mortos.
Não sei, assim, o que é ser católico.
Acreditar em Deus parece-me uma premissa fundamental, essencial; crer na igreja mesmo com reservas, mesmo com dúvidas, mesmo com medos, com reticências, também.
Então o que é que se passa? O que é que se pretende?
Porque baptizar os filhos e casar pela igreja?
Porquê ser católico por conveniência, o que é que se ganha?
Ser católico, a meu ver, não é só receber, usufruir, questionar, criticar, julgar, é dar, todos os dias e aceitar.
Como católica, “aceito” e respeito a existência de ateus, como obviamente, todas as outras religiões, fés, credos, mas não consigo aceitar ou entender os mais ou menos católicos.
Perdoem-me.
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