O Mágico magicava… matutava, cismava, inventava e criava ideias na sua cabeça.
Era simples, tão simples conseguir ser amado, desejado, querido. Bastava ser diferente do real, ser melhor e ser acima de tudo especial. O mágico tinha o poder nas suas mãos de persuadir, de fazer crer, de se fazer querer.
Na varinha, um poder ilusionista de quem nada tem e tudo mostra. A beleza falsa, as mentiras, os enganos: eram os defeitos que escondia na cartola e que tirava com perfeição. Era fácil, tão fácil fazer aparecer um sorriso em alguém, era demasiado simples, demasiado tentador… E usava os seus poderes, criando felicidades efémeras loucas e fugazes.
O mágico enganava, mentia, iludia, destruía às escondidas, atraiçoava, simulava e cegava a verdade.
O Mágico era feliz...