3 de abril de 2004

Não consigo ser fiel…

Vivo noutro mundo, de sonhos cor-de-rosa em que acredito ser possível amar-se muitas vezes, achar que se ama, mas um dia… encontramos, descobrimos, fidelizamos. Encontramos a nossa “marca”.
Tenho-me vindo a aperceber que existem tantas marcas, tantos modelos, que não há consumidor que resista. E o homem anda de facto à procura de alguma coisa que o satisfaça cada vez mais. Por vezes arrepende-se depois de comprar quando se apercebe que afinal a embalagem tem só muitas cores (e é mais magra, mais gira, mais burra), ou porque simplesmente é mais barata. Mas tantas vezes é incapaz de passar pela montra e dizer: é giro, mas não quero.
Tenho duas opções, ou esqueço o meu mundo e me rendo à Publicidade barata de que a carne é fraca, não significou nada para mim, foi um erro estúpido, e tento compreender o homem; ou continuo a viver neste anúncio cor-de-rosa, mentiroso, utópico, imaginável e quimérico e sou feliz à minha maneira, apercebendo-me das minhas qualidades, confiando nelas e acreditando.
Os homens não são todos iguais!

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