20 de outubro de 2004

A razão do escrever...

Não pensei que me lesses... Sempre soube que me vias, que sabias que existia, ou persistia, ou resistia, mas nunca pensei que me lesses.
Hoje vês o que tenho escrito, na minha pele, no meu corpo, na minha alma, no meu coração. As recordações que são rascunhos rasgados que não se conseguem deitar fora, e as memórias de tantos tempos que deixam ferida…Uma mágoa que nem sempre dói.
Só hoje me reconheces porque me lês. E nas palavras que deixo escritas, consegues ver, nas entrelinhas lembranças de ti; que vivem nas palavras e nos sinais e em mim, que se escrevem sozinhas…
E sem saber se é só passado, restos de presente, ou ilusão de futuro, és sempre a razão do escrever…

5 comentários:

Anónimo disse...

Nada do que não é mais do que extraordinário vale a pena... Escrevo sem saber!

(só espero é que direitos de inspiração ainda não tenham sido inventados!? Falência da certa!)

Marta disse...

Conheço o sentimento :). Beijo

Guilherme disse...

Talvez o facto de dissimular certos pormenores de modo a tornar o mais implícita possível a origem do texto, leva a que mesmo quem seja mencionado nos meus posts tenha dificuldade em se encontrar. Mas o mais engraçado é quando mais do que uma pessoa entende o texto como dirigido a si; por vezes leva a ciúmes e confusão da grossa. =)

Muito bom texto, transmite tudo o que muitos de nós um dia sentimos ou receamos vir a experienciar. *

tania bonnet disse...

uma palavra:
"perfeito"

Judia disse...

Mesmo sendo antigo tenho de comentar... ao lê-lo senti como se fosse tirado do meu interior... senti, sinto e continuo a sentir...
Fiquei inevitavelmente com um nó na garganta...
Muito bom :)