26 de agosto de 2005

Deixo a poesia...

Regressar.
Ficar por lá com a alma, trazer o corpo, os velhos sorrisos, as antigas palavras, as frases e a vida de sempre.
Voltar a ser o eu que se julga verdadeiro.
E por lá, fica quem de facto é, quem soube ser, sem ser precisa coragem, sem ser precisa ousadia para afirmar aquilo que sempre existiu.
Onde está a mentira? Na realidade do dia a dia, na realidade que se cria, porque assim se é mais feliz?
Em que realidade me encontro? No que criei? Ou no que tenho de ser, porque assim, é tão mais fácil...
A dúvida de ser confunde-nos mais quando por momentos, pura e simplesmente, nos esquecemos que existimos. É mais fácil pensar nas regras, nas obrigações.
A liberdade momentânea estagna-nos em fabulas e ficções, em magias, em realidades criadas à imagem de sonhos e de vidas, que nunca teremos...
Regresso à prosa. Deixo a poesia. Aquilo que sou.

1 comentário:

Raio de Sol disse...

que bom que deixaste a poesia regressar... jinhuz