22 de outubro de 2007

não gostar de super-heróis - A resposta

No clube de vídeo vi-me confrontada com a obrigação (peço desculpa pelo uso fidedigno desta palavra) de levar para casa um filme tipo BD, Super-Herói e afins.
Torci o nariz.
Da minha lista de filmes preferidos fazem parte as comédias, documentários, que envolvam máfia, casos de tribunal, catástrofes naturais, romances, biografias e outros.
Não fazem parte alguns romances históricos, Jackie Chan e amigos, e adaptações de BD (excepto o eterno Super Homem)
A verdade é que este tipo de filmes é completamente dirigido aos homens.
Como li e concordei (www.bedeteca.com), as mulheres na BD sempre tiveram papéis secundários e estereotipados. A dona de casa inocente que desconhece o outro lado do seu marido super-herói, as vilãs sensuais e as bombas sexuais heroínas.

Quando penso em ser salva, penso na Cinderela, na Branca de Neve e em Príncipes, nunca sonhei com um homem que fosse capaz de voar, agarrar-se a prédios através de teias de aranha ou cuspir fogo, gelo e outras capacidades supra naturais.
Existiram e existem excepções como li também no mesmo artigo: Bécassine, Little Orphan Annie, Blondie, Mulher Maravilha, O Coração de Julieta, Apartamento 3-G (BD romântica), Barbarella (a primeira heroína adulta – 1962), Lucy dos “Peanuts”, Mafalada e Mónica. Foram todas heroínas, mas não as suficientes para transportar as mulheres para o mundo das BD.
A verdade é que a diferença entre uma Cinderela e um Quarteto Fantástico é a realidade.
A Cinderela, mesmo que se mostre em formato animado é capaz de me transportar em 2 segundos para um mundo real, o Quarteto Fantástico nunca o fará.
Todas as mulheres gostam de ser salvas e de ter ao seu lado um homem forte, um amigo, alguém que as ajude em momentos de fraqueza e as segurem na fragilidade.
Se o argumento é o mesmo, porque é que a BD não toca as mulheres?





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