20 de dezembro de 2007

antes de qualquer coisa

Houve um ano em que não houve nada
Teve graça até. estar ali no vazio
Depressa
passavam coisas
passavam-se coisas
Acontecia demais para o oco do espaço
Iam os risos, voltavam sorrisos
Iam abraços
e vinham lembranças.
Que delicado é pensar
no que passou.
Faltam pessoas
Há gente a mais...
E o espaço é pequeno
Não há extensão para o pensamento
Não há tempo para voltar atrás
Continua!
E fica tudo ali
Tomando o lugar da memória.
Quando termina
sobra alguma coisa
e leva-se na mão para não se perder
mesmo quando não houve nada.
Quando o vazio está tão coberto
e tão cheio
que nos faz rir.