13 de dezembro de 2007

naquele dia, a voz

Houve um dia de promessas. Não eram eternas porque a eternidade parecia quase cómica na altura. Não havia infinito e havia um indefinido. Esse foi um dia de receios, o dia das promessas. Sem a eternidade consciente, as promessas parecem acidentais, mecânicas e involuntárias.
Houve um dia de felicidade que ficou para sempre e o sempre era só ali, tão pequeno, naquele momento.
Havia um riso interior gigante que sobreviveria para o resto da vida só à custa daquele instante.
Não é uma questão de “se” é uma questão de “quando”. E de longe, ao longe houve a primeira felicidade do mundo. Houve um mundo novo, desconhecido, puro. Começou tudo do início. Ergueu-se um novo mar. Inventaram-se as nuvens e os pássaros, inventaram-se as palavras e os silêncios divinos, inventou-se o sonho, o desejo.
Inventou-se o amor e o vento. A brisa. A voz.

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