13 de dezembro de 2007

outros natais

Todos os anos é a mesma coisa.
Chega o Natal em Outubro e começa o frenesim. Fala-se muito em compras, antecipa-se o fim de ano, as férias. Fala-se ainda mais em compras. A isso, já me habituei, até acho graça àqueles que compram com meses de antecedência e aos que só compram um quarto de hora antes. Aos que se recusam a comprar e aos que oferecem a desconhecidos.
Gosto dos enfeites de Natal nas ruas, nas lojas, nas almas.
Ao que não me habituo é à raiva Natalícia. Escreve-se muito acerca do “minimalismo consumista” que assassina o espírito de Natal. Estou tão longe desse sentimento.
Oferecer presentes continua a ser representativo do nascimento de Cristo. Ouro, incenso e mirra. A questão é que evoluímos, para bem ou para mal, já não temos só mãe e pai, agora temos a madrasta, o padrasto, os pais deles que não são nossos avós e os nossos avós.
Não me aproximo nem um bocadinho do horror com que se define o Natal, o ter que dar e ter que ir e a pressão.
Aos nossos filhos, temos a capacidade de ensinar o que é o Natal, como deve ser reconhecido, a sua importância e dar, com contenção mas dar. Porque esse continua a ser o objectivo último de representação da época.
Não me interessa que haja quem veja o Natal só assim, uma obrigação de comprar, interessa-me que de facto tudo seja um pretexto para nos juntarmos com a família, estarmos próximos e sentirmos que esse sim, é o verdadeiro espírito de Natal.

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