Nessa sala que ontem conhecias de cór e que agora estranhas e temes... espreitam esses movéis que contam mil histórias num desabafo sufocante, essas paredes altas e esguias que te confortam e aquecem, esses quadros que explodem num agoniante e surdo grito de quem perdeu o que não chegou a possuír...
E essa música embriagante que te possui e comanda, que te consome cada bolsa de razão... e que queima como brasas flamejantes... penetrantes.
Nesse momento em que a agoniante e amarga tristeza se funde com o quente e luminoso sorriso, alquimía colorida... explosão de sensações...! e o céu uma amálgama de côres e solidão.
Nesse momento em que a dôr é prazerosa, e o prazer...febril e penoso...
Nesse momento onde sofres e sangras, onde ris e cais...choras tudo aquilo que nunca foste e celebras tudo aquilo que és... Perdes...Sais...Encontras...Desabafas...Suspiras... Vôas !!
Nesse momento onde, saturado, soltas um grito agudo e profundo e , de longas e pesadas lágrimas nos olhos, descobres a côr interna, viva... e sorris.
Abráças-te a ti mesmo...
Nesse momento,
esse momento...
és tu !!
É como andar debaixo de água estar ali sem ar como se um peso quisesse o nosso lá em baixo a tocar na areia, em tangente como se faltasse o sopro e a brisa e o vento e a corrente como se fosse fácil fechar os olhos ficar. na areia. tocar-lhe e ser também o pó.
29 de janeiro de 2004
28 de janeiro de 2004
Miklos Fehér
Nome: Miklos "Miki" Fehér.
Data de Nascimento: 20 de Julho de 1979 (24 anos).
Naturalidade: Gyor (Hungria).
Percurso: Gyori Eto (1995/96 a 97/98), FC Porto (1998/99 a 1999/2000), Salgueiros (1999/2000, emprestado pelo FC Porto), Sporting de Braga (2000/2001, emprestado pelo FC Porto) e Benfica (2002/2003 e 2003/2004).
Internacionalizações "AA" pela Hungria: 18 (três golos).
Palmarés: Campeão nacional (1998/99) e vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira (1998/99).
Tinha 24 anos, e morreu. E a vida, de repente, ganha um novo sentido, ou um sentido diferente. O que nunca importou, importa mais, e o importante não vale nada. E que medo se ganha de se deixar passar, e a vontade repentina de reparar mais, de gostar mais, de amar mais, de fazer mais. Que medo de perder o que nunca se teve, que medo tão grande! Que terror de não termos tempo!
Temos cinco minutos para viver...
Data de Nascimento: 20 de Julho de 1979 (24 anos).
Naturalidade: Gyor (Hungria).
Percurso: Gyori Eto (1995/96 a 97/98), FC Porto (1998/99 a 1999/2000), Salgueiros (1999/2000, emprestado pelo FC Porto), Sporting de Braga (2000/2001, emprestado pelo FC Porto) e Benfica (2002/2003 e 2003/2004).
Internacionalizações "AA" pela Hungria: 18 (três golos).
Palmarés: Campeão nacional (1998/99) e vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira (1998/99).
Tinha 24 anos, e morreu. E a vida, de repente, ganha um novo sentido, ou um sentido diferente. O que nunca importou, importa mais, e o importante não vale nada. E que medo se ganha de se deixar passar, e a vontade repentina de reparar mais, de gostar mais, de amar mais, de fazer mais. Que medo de perder o que nunca se teve, que medo tão grande! Que terror de não termos tempo!
Temos cinco minutos para viver...
Publicada por
Maria Ana Ferro
22 de janeiro de 2004
19 de janeiro de 2004
Sem Sentido - O Pseudónimo
O Pseudónimo não tinha entidade, identidade, não sabia quem era ou era muito. Era todos e nenhum. Perdia-se em si mesmo como quem se perde à procura de uma rua, e indagava por si como quem devassa uma alma que não a sua.
O Pseudónimo era desmedido ao que podia aguentar, e não tinha forças para ser só ele, individual, único, exclusivo, singular.
Criava outros dentro de si, exaustivamente, incessantemente, incansavelmente. E a sua mente… tantas outras abrigava, e custava-lhe ser só ele, porque só ele era de menos, era demais!
O Pseudónimo buscava dentro de si e dos outros que criara, resposta que uma só pessoa e personalidade não lhe podiam dar. Procurava soluções, trocos do seu total, desfechos e desenlaces.
O Pseudónimo era feliz…
Clique para textos antigos
O Pseudónimo era desmedido ao que podia aguentar, e não tinha forças para ser só ele, individual, único, exclusivo, singular.
Criava outros dentro de si, exaustivamente, incessantemente, incansavelmente. E a sua mente… tantas outras abrigava, e custava-lhe ser só ele, porque só ele era de menos, era demais!
O Pseudónimo buscava dentro de si e dos outros que criara, resposta que uma só pessoa e personalidade não lhe podiam dar. Procurava soluções, trocos do seu total, desfechos e desenlaces.
O Pseudónimo era feliz…
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Publicada por
Maria Ana Ferro
10 de janeiro de 2004
Sem Sentido - O Contestatário
O Contestatário esquecia todo o conceito de vida pois viver era reivindicar, exigir, reaver, reclamar.
Aliás, para ele, essa era a verdadeira imagem que a vida adoptava aos seus olhos, a cópia de gritos que exigiam, de cartazes que obrigavam, e o seu estar caminhava como uma manifestação.
Dava-lhe gozo, satisfação, contento, prazer.
O Contestatário obtinha sempre com luta, ou achava que sim, aquilo de que se compunha a sua vida.
O tempo, a política, a História, a Morte, a Vida, o Amor. Nada lhe era dado, pois na sua cabeça tudo merecia um sangrento duelo.
O Contestatário encontrava dentro de si razões diárias para resistir, contradizer, contrariar, refutar, combater. Razões diárias para se opor. A tudo e todos…
O Contestatário era feliz…
Aliás, para ele, essa era a verdadeira imagem que a vida adoptava aos seus olhos, a cópia de gritos que exigiam, de cartazes que obrigavam, e o seu estar caminhava como uma manifestação.
Dava-lhe gozo, satisfação, contento, prazer.
O Contestatário obtinha sempre com luta, ou achava que sim, aquilo de que se compunha a sua vida.
O tempo, a política, a História, a Morte, a Vida, o Amor. Nada lhe era dado, pois na sua cabeça tudo merecia um sangrento duelo.
O Contestatário encontrava dentro de si razões diárias para resistir, contradizer, contrariar, refutar, combater. Razões diárias para se opor. A tudo e todos…
O Contestatário era feliz…
Publicada por
Maria Ana Ferro
8 de janeiro de 2004
Tradição é Tradição !!
A propósito da mirabulante reportagem da sic, segundo a qual no Dia Dos Reis numa qualquer aldeia nortenha (n apanhei o nome) é tradição todos os habitantes fumarem.
Pois bem, o cenário é o seguinte... Os adultos de cigarro em punho, vão regando o espírito com tintol da localidade enquanto dançam animada e vigorosamente a tradicional coreografia em homenagem a tão célebre ocasião na praça principal da aldeia.
As crianças vão imitando os adultos e reúnem-se também elas a fumar (por mais tenra idade que tenham) enquanto são alvo dos olhares ternos das respectivas mães que consentem orgulhosas.
Pergunta do jornalista de serviço a uma das mães : - " Então e não acha que isso lhe faz mal ? "- apontando para a criança que esta tinha ao colo e que habilmente manejava um cigarro e absorvia o seu fumo sôfregamente (não tinha mais de 5 anos)- resposta da zelosa progenitora num tom quase de indignação: - " Não !!! Então é só um dia.... ele não ganha o vício.... ora, é tradição !! ".
De seguida, imagens do grupo de crianças, todas de cigarro na mão, que ostentam com fasícnio... e uma enfezadita menina com os seus 7 anos vai confessando que já fumou um maço inteiro e até lhe dói a cabeça, enquanto a mãe com uma cumplicidade delirante exclama : - " Ahh !! ... a malandra !! "
Pois bem caros concidadãos nortenhos.... se um dos malefícios do tabaco é o progressivo deterioramento das células cerebrais e sua posterior morte, desse mal não correm vocês perigo já que é impossível matar o que nunca viveu...
Ele há com cada um....... !!
Pois bem, o cenário é o seguinte... Os adultos de cigarro em punho, vão regando o espírito com tintol da localidade enquanto dançam animada e vigorosamente a tradicional coreografia em homenagem a tão célebre ocasião na praça principal da aldeia.
As crianças vão imitando os adultos e reúnem-se também elas a fumar (por mais tenra idade que tenham) enquanto são alvo dos olhares ternos das respectivas mães que consentem orgulhosas.
Pergunta do jornalista de serviço a uma das mães : - " Então e não acha que isso lhe faz mal ? "- apontando para a criança que esta tinha ao colo e que habilmente manejava um cigarro e absorvia o seu fumo sôfregamente (não tinha mais de 5 anos)- resposta da zelosa progenitora num tom quase de indignação: - " Não !!! Então é só um dia.... ele não ganha o vício.... ora, é tradição !! ".
De seguida, imagens do grupo de crianças, todas de cigarro na mão, que ostentam com fasícnio... e uma enfezadita menina com os seus 7 anos vai confessando que já fumou um maço inteiro e até lhe dói a cabeça, enquanto a mãe com uma cumplicidade delirante exclama : - " Ahh !! ... a malandra !! "
Pois bem caros concidadãos nortenhos.... se um dos malefícios do tabaco é o progressivo deterioramento das células cerebrais e sua posterior morte, desse mal não correm vocês perigo já que é impossível matar o que nunca viveu...
Ele há com cada um....... !!
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