17 de outubro de 2005

Anotações

[Continuação do anterior]
…no gigantesco espaço tudo cabe. O sonho e a vida. Há em tudo, aquilo que o homem sonha e mais ainda. Aqui, o Universo compõe-se de inúmeros formatos, tantos quantos nós, que aqui chegámos pobres como mendigos. Ainda assim, a Verdade é de todos, todos a conhecem e a sabem presente, única e intocável. Vivemos conforme a imaginação. Deus, o Deus de todos, conhece inúmeros nomes, inúmeras formas de se manifestar ou de se velar... Inefável ou simplesmente homem, …todos o sentem de maneira diferente, foi-lhes dada essa capacidade. Continuo olhando o céu, espero. Espero por hábito, mas espero sobretudo por prazer, por uma estranha melancolia que não consigo dispensar. Ainda tremo quando o faço. Imagino que ninguém o sente como eu, por isso, deito-me fora por esta janela, como uma folha de papel, e nela existo e pertenço para sempre.

2 comentários:

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

Deus ou quem quer que seja anda a mendigar a compreensão dos homens.

Abraço

Anónimo disse...

O que sabes de Deus? Gostei da folha de papel.